quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Benfica lidera lista de jogos polémicos

Mais de um terço dos jogos dos três "grandes" do futebol português em todas as competições nacionais da época teve "casos" de arbitragem, com o Benfica a liderar a lista de encontros polémicos.

Dez dos 21 jogos disputados pelos "encarnados" na Liga, Taça da Liga e Taça de Portugal geraram polémica, o mesmo sucedendo com sete dos 20 encontros do Sporting e seis dos 21 jogados pelo FC Porto.

No total dos 58 jogos das três equipas, 22 motivaram protestos em relação à arbitragem, o que representa uma percentagem de 37,9 por cento. A Agência Lusa chegou a estes valores através da análise da imprensa desportiva.

Números bem acima da avaliação de Vítor Pereira, que também através da imprensa desportiva concluiu por uma eficácia das arbitragens na ordem dos 95 por cento nas primeiras jornadas da Liga.

As arbitragens polémicas levaram o Sporting de Braga a pedir a demissão de Vítor Pereira, presidente da Comissão de Arbitragem da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, depois de este ter recusado receber os responsáveis "arsenalistas".

Entretanto, Vítor Pereira sugeriu que a suspeição em torno do sector da arbitragem pode acabar com a competição desportiva profissional.

"Se as pessoas não acreditam no futebol, não vão ao futebol. Quando não houver profissionais, haverá muita gente desempregada. Quanto mais se mantiver este estado de espírito, mais condições há para os árbitros não apitarem na plenitude das suas faculdades", afirmou.

As polémicas declarações levaram o Sporting a juntar-se ao Sporting de Braga no pedido de demissão de Vítor Pereira, que respondeu com um: "Obviamente não me demito".

As arbitragens polémicas acabaram também por atingir o elenco directivo da Federação Portuguesa de Futebol, com Mesquita Machado a renunciar à presidência da Assembleia Geral.

Mesquita Machado, que após o Benfica-Sporting de Braga acusou a Comissão de Arbitragem da Liga de clubes de ter alterado o árbitro inicialmente previsto para esse jogo, desejou que a sua demissão "sirva para uma reflexão profunda no futebol português" e para "que deixem de existir autênticas poucas-vergonhas" na arbitragem.

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