Um dia depois de ter sido revelado que a economia japonesa encerrou as contas de 2008 com o pior desempenho em 35 anos, com o PIB a recuar 3,3% no último trimestre, o ministro das Finanças apresentou esta manhã a sua demissão, depois de ter sido acusado de ter bebido demais na reunião do G7.
Um dia depois de ter sido revelado que a economia japonesa encerrou as contas de 2008 com o pior desempenho em 35 anos, com o PIB a recuar 3,3% no último trimestre, o ministro das Finanças apresentou esta manhã a sua demissão.
A saída de Schoichi Nakagawa do Executivo nipónico nada terá, porém, a ver com o gravidade da recessão japonesa, mas com as acusações de que teria bebido demais no sábado, em Roma, no último de dois dias de reunião dos ministros das Finanças do G7.
Nessa conferência de Imprensa, Nakagawa surge como que meio adormecido, bocejando e respondendo com voz arrastada, o que começou por ser justificado por ter tomado medicamentos contra gripe. Hoje, o responsável apresentou a sua demissão e também o seu “sincero pedido de desculpas”, que dirigiu ao primeiro-ministro, Taro Aso, ao povo e aos membros do Parlamento, “pelos problemas que causei”.
Shoichi Nakagawa alegou “problemas de saúde”, e voltou a garantir que estava sob o efeito de medicamentos e que havia tomado apenas "um gole" ao almoço de sábado. Nakagawa deixará o cargo assim que a Câmara Baixa do Parlamento japonês aprovar o orçamento do Governo para o próximo ano fiscal.
Este incidente é mais um “golpe” para o primeiro-ministro, Taro Aso, que se confronta com taxas de popularidade extremamente baixas. As mais recentes sondagens, indicam que menos de 10% dos japoneses aprovam a actuação do Governo, que deverá convocar eleições para Setembro.
Para substituir Nakagawa, o chefe do Executivo estará a ponderar a indicação do ministro da Economia, Kaoru Yosano, que acumularia ambas as pastas.
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